"Enquanto houver misericórdias não há razão para fome"

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, disse hoje que enquanto existirem misericórdias não há razão para haver fome em Portugal, criticando o "calor da luta política" que se tem gerado sobre o assunto.
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"Quem quiser e estiver em condições e precisar (...) pode ir a uma misericórdia de Portugal e a muitas IPSS [instituições particulares de solidariedade social] onde de certeza terão o que comer", declarou Manuel Lemos à agência Lusa.

O responsável admite que possa haver casos de fome em Portugal mas atribui-os ao facto das pessoas não se dirigirem às instituições para receberem apoio e alimentos.

"É preciso dizer às pessoas: «vão buscar os alimentos! vão buscar a comida!»", sublinha.

Manuel Lemos diz também entender que o assunto tenha destaque pelo "calor da luta política", referindo-se por exemplo a declarações de sábado do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.

Segundo o sindicalista, em discurso proferido em Lisboa, o Orçamento do Estado (OE) para 2013 irá "trazer mais fome a Portugal".

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas lembrou hoje também o estudo recente sobre desperdícios alimentares: em declarações no começo do mês à Lusa, Lemos referiu que os dados conhecidos, que indicam que Portugal perde um milhão de toneladas de alimentos por ano, revelam "problemas culturais" antigos.

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